4 de março de 2008

FAZENDO AMOR

Há uns anos atrás as pessoas não faziam sexo,... faziam amor. Me lembro de muitos carinhos, afagos, abraços, esperar o outro ...gozar junto, ... é esse o sexo que conheço e aprecio.
O sexo que se vende hoje é repleto de perversão, técnica e insaciedade... além de nos tornar esteriótipos de máquinas de prazer. Somos suas presas, e presos a nossa programação tentamos saborear o amor, mas ele já era...se foi... O que restou é o despojo... Tentamos acreditar que assim é muito melhor, mas a sede infinita não nos dá sossego... e ansiamos sempre por aquilo que não temos... e continuamos a desejar...
Fazer amor não é difícil, mas nos dias de hoje se tornou quase impossível. Precisa admirar o outro, confiar no outro (isso é difícil!), se entregar sem reservas, viver o momento de cada carinho absorvendo e se deleitando, precisa pegar a onda, surfar com o outro, abraçados, envolvidos... e isso tudo ao vivo e a cores, é muito difícil..., nos dias das máquinas eficientes, das respostas imediatas, das técnicas avançadas, do conhecimento acumulado, o que nos resta são experimentos de técnicas de aumento do prazer no sexo...
E eu, uma simples mortal, observo e choro... choro pois sei que as coisas não tem volta... a ingenuidade é perdida... e é para sempre!

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